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Animação de Rua

Finalidade:

Contribuir para a diminuição de crianças e jovens em risco/perigo, promovendo a sua (re)inserção social e educativa.

 

Objetivos Gerais:

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Ao Nível da RECUPERAÇÃO

- Dar resposta a situações de emergência de crianças e jovens em contexto de rua;

- Intervir junto de crianças e jovens em contexto de rua, desenvolvendo ações potenciadoras da construção de projetos de vida saudáveis.

 

Ao Nível da REVALORIZAÇÃO

- Desenvolvimento de ações e projetos, na comunidade, em parceria, que visem a reinserção sociofamiliar das crianças e jovens de comunidades sinalizadas;

- Encaminhamento de crianças e jovens para respostas ao nível da formação e/ou requalificação escolar e/ou profissionalizante.

 

Ao Nível da PREVENÇÃO

- Desenvolvimento de ações e projetos, na comunidade, em parceria, que visem prevenir comportamentos de risco das crianças e jovens de comunidades sinalizadas.

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Público-alvo:

Crianças e jovens com idades compreendidas entre os 0 aos 21 anos de idade, que se encontrem em contexto de risco.

 

Fases de intervenção:

Diagnóstico – Observar e avaliar situações potencialmente de risco ou perigo, que envolvam crianças e jovens;

Abordagem – Aproximação às crianças e jovens sinalizados, apostando na construção de uma relação de proximidade;

Intervenção – Intervir de forma orientada de acordo com cada uma das problemáticas identificadas, no contexto individual e familiar;

Encaminhamento – Encaminhar situações identificadas para serviços/entidades competentes, de forma a colmatar as lacunas ainda existentes.

 

Áreas Prioritárias de Intervenção:

Realização de Giros;

Realização de atividades lúdico - pedagógicas;

Realização de mediação socioeducativa no âmbito escolar e familiar;

Promoção do desenvolvimento de competências pessoais e sociais;

Promoção de respostas comunitárias de promoção do sucesso educativo - Projeto “Nota Positiva”.

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Histórico

Em 1993 cria-se na região uma delegação do IAC – Nacional e com ele surge o Projeto de Rua nos Açores.

Ao tempo estávamos confrontados diariamente com a existência de um número cada vez maior de menores em situação de risco e de efetiva exclusão social e marginalização, quer na área urbana de Ponta Delgada quer nas zonas limítrofes - menores esses que se entregavam a práticas como mendicidade, vadiagem, pequenos furtos, absentismo e insucesso escolar, em alguns casos prostituição infantil, e que eram vítimas de maus tratos, negligência e abandono.

Como resposta a esta situação, foi implementado o “Projeto de Rua” que dispunha de técnicos e de Animadores de Rua (jovens com formação adequada, figuras ainda hoje imprescindíveis), que vão ao encontro dos menores para estabelecerem uma relação de proximidade, através de uma abordagem amiga, confiante e afetiva, de  modo a promoverem o projeto de vida desses menores.

A intervenção baseava-se no trabalho de rua, através da realização de giros diurnos e noturnos, nos locais por onde deambulavam as crianças e jovens (marina, doca, hipermercados, avenida marginal, etc.), no bairro onde residiam, e junto das suas famílias.

Foi, também, desencadeado um importante trabalho em rede com a escolas, com as entidades oficiais (Segurança Social, Reinserção Social, forças de segurança, etc.).

Sentimo-nos muito gratificados porque conseguimos erradicar as situações de mendicidade e de vadiagem, que punham em causa a dignidade da criança e do jovem como pessoas.

Em 1996 é aprovado o projeto “Crescer de Mãos Dadas”, no âmbito do programa Ser Criança, do Ministério da Solidariedade e Segurança Social, por um período de 3 anos, dando-se continuidade ao trabalho de rua, através do acompanhamento sistemático a crianças e jovens “na” rua e respetivas famílias. Este projeto consistia em promover a reintegração de crianças e jovens em risco na escola, na família e na comunidade, bem como prevenir o surgimento de novas situações de risco e marginalidade. Propunha-se a apoiar crianças e jovens “na” rua na construção do seu projeto de vida, promover a autonomia e a consolidação do equilíbrio relacional na família e envolver as instituições e serviços locais nas respostas à população-alvo.

Posteriormente, o projeto passou a ser uma valência do IAC-Açores, através da celebração de acordo de cooperação com o Governo Regional, passado a designar-se de Animação de Rua.

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