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Mensagem da Presidente Honorária

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Cinelândia Cogumbreiro e Sousa

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Quando tive conhecimento da iniciativa da fundação do Instituto de Apoio à Criança nacional, em 1983, e dos projetos que depois consolidaram as ideias em que me baseei, logo sonhei que seria importante e necessário criar uma instituição com os mesmos princípios, valores e metodologias nos Açores.

E foi assim, que iniciei contactos, juntei sinergias e agreguei vontades, sempre com a inspiração da Declaração e depois da Convenção sobre os Direitos da Criança, e, integrei esse grande movimento pela defesa e proteção da criança. Foi assim que, dez anos depois, nasceu o IAC-Açores.

Na altura, ainda não era unânime o reconhecimento da Criança, como sujeito de Direitos e o IAC-Açores, contribuiu decisivamente para essa perspetiva nova, que olha a criança, não apenas, como objeto de proteção, mas sobretudo como parte, que tem direito a ser ouvida, a participar e a influenciar as decisões que lhe digam respeito.

Múltiplos projetos inovadores nasceram, entretanto, principalmente dirigidos àquelas crianças mais vulneráveis e em situação de desvantagem.

Foram essas crianças a nossa grande prioridade; e hoje o IAC e as suas equipas sempre motivadas e preparadas são reconhecidas, e são uma verdadeira referência, na defesa dos direitos fundamentais da criança.

Num ano tão difícil, em que tivemos de saber reinventar-nos, procurando manter-nos próximos, apesar da distância, quero desejar as maiores felicidades a todos os nossos associados e colaboradores, para que possam continuar a ajudar todas as crianças, sobretudo as que precisam mais de um acompanhamento personalizado, com vista à sua verdadeira inclusão.

Em 1993, cria-se na Região Autónoma dos Açores, uma delegação do IAC Nacional e em 1996, passa a entidade regional, com base em princípios que considerámos fundamentais para afirmar a Instituição como uma entidade ao serviço das crianças e jovens açorianos, na defesa e promoção dos seus Direitos, proporcionando-lhes desta forma melhores condições de vida, de bem-estar e dignidade.

Ao tempo estávamos confrontados diariamente com a existência de um número cada vez maior de menores em situação de risco e de efetiva exclusão social e marginalização, quer na área urbana de Ponta Delgada, quer nas zonas limítrofes, menores esses que se entregavam a práticas indesejáveis, como mendicidade, vadiagem, pequenos furtos, absentismo e insucesso escolar. Em alguns casos prostituição infantil, vítimas de maus tratos, negligência e abandono. Daí a necessidade de combater o flagelo através de respostas rápidas e adequadas, muitas vezes traduzidas no acompanhamento sistemático do público-alvo, e da sensibilização da opinião pública.

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Ponta Delgada, julho 2021

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